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sábado, 30 de março de 2013

Monges shaolin




COMO ENTRAR NO TEMPLO SHAOLIN E 

SER ADMITIDO DICÍPULO NO TEMPLO 

SHAOLIN ?

ATENÇÃO: A história aqui aprensentada 

é apenas uma das inúmeras Lendas do 

Famoso berço do Kung Fu.


Segundo inúmeras lendas e relatos antigos, os novos 

discípulos eram admitidos no templo no início da 

primavera, que coincidia com o tempo das grandes 

chuvas . Nesses dias os pais que desejavam que seus 

filhos se tornassem monges os levavam ao pátio 

frontal às escadarias do templo e lá os deixavam 

sozinhos aguardando que os monges os convidassem 

a entrar.



Os monges de Shaolin não abriam logo as portas do 

mosteiro (às vezes demoravam alguns dias) e as 

crianças eram obrigadas a suportar ao relento o sol e 

as chuvas torrenciais que costumavam cair nesse 

período. Muitas das crianças eram conduzidas de 

voltar por seus próprios pais que não suportavam vê-

las sofrer. 


Embora não abrissem as portas os monges 

observavam o comportamento das crianças e iam 

selecionando aquelas que consideravam 

suficientemente disciplinadas para suportar as árduas 

exigências do templo de Shaolin.




Quando as portas se abriam os monges mandavam de 

volta para casa as crianças que consideravam que não 

suportariam seus ensinamentos. As demais crianças 

eram admitidas no primeiro pátio interno e conduzidas 

a uma grande mesa onde já estava sentado um velho 

monge (geralmente o patriarca do templo).


Quando se sentavam à mesa eram observados seus 


comportamentos, se pediam comida (podiam estar a 

três dias sem comer) eram servidas e depois 

mandadas para suas casas, pois era considerado 

indecoroso pedir comida ao invés de aguardar o 

momento de serem servidas. Se corriam para a mesa 

avidamente, ou apressadamente demais também 

eram dispensadas.



Às que passavam por esse teste era dado uma tigela 

sem fundo, uma grande bolacha seca achatada (do 

tamanho do fundo da tigela) e era servido o chá. O 

procedimento correto era forrar o fundo da tigela com 

a bolacha para que pudesse ser servido o chá sobre 

ela. 



As crianças que não o faziam eram dispensadas 

sumariamente, pois não eram consideradas 

suficientemente inteligentes para aprender os 

ensinamentos de Shaolin. 




Se a criança agisse corretamente colocando a bolacha 

no fundo da tigela mas começasse a tomar o chá antes 

do monge idoso que estava sentado à mesa, era 

mandada de volta para casa, pois o respeito aos 

idosos era de grande importância na cultura chinesa.


Logo em seguida a essa fase lhe era entregue uma 

vassoura e lhe ordenava que varresse um determinado 

pátio, mal tivesse terminado de varrer surgia algum 

monge com os pés enlameados e sujava todo o lugar 

que havia sido varrido. Assim que o monge porcalhão 

desaparecia do pátio surgia então o monge que lhe 

havia ordenado que varresse o lugar e o interpelava 

mais ou menos assim:



Eu não mandei que você varresse esta sala? Olhe só 

que imundície! Você é um vagabundo que não 

obedece as ordens que recebeu! Se o garoto 

resmungasse que já tinha varrido ou que depois que 

tinha varrido tinha vindo um monge e sujado tudo 

outra vez, era mandado embora pois não tinha 

suficiente dedicação ao trabalho para permanecer no 

templo Shaolin.


O garoto deveria abaixar a cabeça e continuar a varrer 


sem proferir nenhuma palavra. Este teste da vassoura 

era repetido diversas vezes como prova da humildade, 

da paciência e da perseverança do aluno.



Depois que superava os testes iniciais o aluno era 

submetido a todo tipo de provação, como o teste da 

limpeza que incluíam lavar as latrinas, retirar a poeira 

dos imensos arabescos e baixos-relevos que existiam 

por quase todas as paredes do templo , lavar 

escadarias e corredores imensos, etc ...



Durante esse período inteiro o aluno passava por 

periódicas humilhações por parte dos estudantes mais 

avançados, todas elas com a intenção de testar-lhe a 

fibra moral e a paciência. Dormia-se poucas horas 

cada noite e trabalhava-se arduamente. 





Depois desse abandono inicial passava alguns meses e 

ele era convidado a praticar o Kung-Fu de Shaolin, nas 

primeiras aulas ele era o saco de pancada dos mais 

velhos praticantes e as surras eram duríssimas.


 As práticas ritualísticas e o período de meditação 

eram ampliados, as refeições eram nas mesas dos 

refeitórios do templo, era transferido para os 

dormitórios superiores junto dos alunos mais velhos.



Além dos testes de habilidade física e marcial havia os 

testes de habilidade artística, geralmente caligrafia e 

composição poética. Havia também os testes de 

doutrina budista e de medicina tradicional, os monges 

eram excelentes acupuntores e massagistas. 



O trabalho na lavoura também era obrigatório e todo 

monge tinha que fazer seu estágio na cozinha 

aprendendo auto-suficiência na arte culinária. 


Ele deveria ter noções de sobrevivência em condições 

inóspitas, na selva , no gelo e em terrenos 

desconhecidos, devendo ser capaz de localizar ervas 

medicamentosas, preparar infusões curativas, colocar 

no lugar ossos quebrados, preparar remédios, etc...


O templo de Shaolin era, antes de tudo , uma escola 

de filosofia e religião e as pessoas que nele 

ingressavam o faziam om o objetivo de alcançar a 

realização espiritual. Aos monges que se dedicavam 

exclusivamente aos estudos doutrinários e às práticas 

espirituais era facultada a saída do templo desde que 

em missões administrativas ou de caridade ao povo.


Mas aos monges que haviam escolhido o caminho da 


Arte Marcial somente era permitida sua saída se 

distinguissem de maneira incomum na arte de lutar. 


Se fosse capaz de vencer os instrutores dos cinco 

estilos principais de Shaolin poderia requerer a prova 

do corredor da morte (Os cento e oito bonecos de 

madeira que eram acionados pelo peso de quem se 

atrevesse a penetrá-los). 




Se o monge que os enfrentasse conseguisse 

sobreviver ao corredor, deveria levantar uma Urna 

Incandescente para poder sair pela única porta do 

recinto.



Nas laterais da Urna havia em alto-relevo as figuras 

dos Cinco Animais de Shaolin que simbolizavam os 

principais estilos de Kung-Fu do Templo. Quem quer 

que tivesse superado os 108 homens de madeira do 

corredor da morte teria que levantar a urna para poder 

sair.



A porta permanecia aberta por uns poucos momentos, 

e se o monge desmaiasse no processo ou não se 

atirasse para fora com certa rapidez, arriscava-se a 

perder todos seus esforços.


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